
O dia estava bom, nem muito calor, nem muito frio e tudo se adivinhava um dia perfeito.
Partimos da Figueira da Foz às 17h30 e estávamos prontos para as nossas mini 24 heures du mans. O desviador traseiro com um parafuso funcionava na perfeição, a corrente remendada, "corria" bem, por isso, toca a partir para a viagem, sem comprar peças suplentes.
A beleza do Inferno
O primeiro troço foi de Figueira da Foz a Leirosa e lá apreciamos a vila, a sua praia e vista. Para sul, pela costa, de Leirosa a Pedrogão só existe praia de longos areais e altas dunas que separam o imensidão de floresta e pinhal que se alonga até ao horizonte. Perante a beleza disto, nós decidimos aproveitar a areia dura da longa costa e seguir para Pedrogão de bicicleta junto ao mar.
E que maravilha.... Até que... Vimos um riachozito a atravessar o areal até desaguar no mar e passa o Fonseca, passo eu... Quando passei, a bicicleta atascou. Ao forçar, a corrente partiu e sem que tivesse tempo de me mexer, desaguou com o riacho para o mar. ..
FO...-SE!!!!!!
Parei com as sapatilhas na água, olhei para o mar... O sol punha-se no horizonte. Que beleza... Fiquei calado durante uns valentes minutos na mesma posição, sorri, como sorrimos quando nos queremos controlar e não desatar ao chuto a tudo, e disse: "Fonseca, tira uma fotografia!".
Bicicleta na mão, passeio no deserto até Pedrogão
O sol já posto e verificamos a ausência da lua. Lua nova, 16 km de praia, bicicletas na mão e uma luz ao fundo, que se confundia com uma estrela a mostrar a próxima localidade mais perto. A sorte foi o rádio dos chineses que o Fonseca comprou, senão a solidão ia matar-nos de tédio. Entusiamo no deserto!

O Fonseca é um tipo que curte desporto, mas não aprecia nem liga a futebol, eu, sou um fã mais apegado. Mas não havia outra estação que não a dos relatos do Benfica e do Nacional da Madeira, (ainda que com muita intermitência) e até o mais céptico Fonseca, não resistiu ao entusiasmo dos comentadores de rádio e vivemos os dois jogos para tentar afastar o pensamento da bronca do dia.
A "estrela" demorava a ter contornos de luz da vila de Pedrogão, mas lá chegamos. Quando subimos o passadiço para a rua causamos sensação naquela noite escura. Dois tipos, todos cheios de areia, a sair do escuro, com duas grandes bicicletas.

Uma senhora assustou-se e quando perguntamos onde estávamos, ainda "temeu mais pela vida" e respondeu curto e grosso. Disse um "Pedrogão" curto e fugiu como um modo "grosso".
Para sabermos mais e abastecermos o Fonseca parou um jipe da patrulha nocturna da GNR, perguntou indicações e se arranjavam água. Eles prontificaram-se e levaram as nossas garrafas, mas como tinham um café mesmo em frente, foram do passeio ao café da frente pedir água.
Enquanto isso, chegou outra patrulha, que vendo o aparato da coisa e talvez, felizmente, com os poucos casos que há na terra, parou e saíram todos das viaturas e vieram falar connosco.
Foram muito simpáticos, perguntaram-nos donde, como e para que vínhamos e ficaram admirados como natural, embora um mais velho me tenha dado ar mais desconfiado e perguntava coisas como "pela praia de bicicleta??", "mas vieram do mar?", "donde são?"...
O senhor André, dono do Restaurante/Marisqueira Santola, um senhor do Norte, de Chaves, fez questão de vir ter connosco e trouxe um saco cheio garrafas de água, e mostrou-se bastante preocupado com as nossas necessidades e referiu, simpatizando com a nossa aventura, que tinha um filho que fazia também fazia BTT.
Partimos da Figueira da Foz às 17h30 e estávamos prontos para as nossas mini 24 heures du mans. O desviador traseiro com um parafuso funcionava na perfeição, a corrente remendada, "corria" bem, por isso, toca a partir para a viagem, sem comprar peças suplentes.
A beleza do Inferno
O primeiro troço foi de Figueira da Foz a Leirosa e lá apreciamos a vila, a sua praia e vista. Para sul, pela costa, de Leirosa a Pedrogão só existe praia de longos areais e altas dunas que separam o imensidão de floresta e pinhal que se alonga até ao horizonte. Perante a beleza disto, nós decidimos aproveitar a areia dura da longa costa e seguir para Pedrogão de bicicleta junto ao mar.
E que maravilha.... Até que... Vimos um riachozito a atravessar o areal até desaguar no mar e passa o Fonseca, passo eu... Quando passei, a bicicleta atascou. Ao forçar, a corrente partiu e sem que tivesse tempo de me mexer, desaguou com o riacho para o mar. ..
FO...-SE!!!!!!
Parei com as sapatilhas na água, olhei para o mar... O sol punha-se no horizonte. Que beleza... Fiquei calado durante uns valentes minutos na mesma posição, sorri, como sorrimos quando nos queremos controlar e não desatar ao chuto a tudo, e disse: "Fonseca, tira uma fotografia!".
Bicicleta na mão, passeio no deserto até Pedrogão
O sol já posto e verificamos a ausência da lua. Lua nova, 16 km de praia, bicicletas na mão e uma luz ao fundo, que se confundia com uma estrela a mostrar a próxima localidade mais perto. A sorte foi o rádio dos chineses que o Fonseca comprou, senão a solidão ia matar-nos de tédio. Entusiamo no deserto!

O Fonseca é um tipo que curte desporto, mas não aprecia nem liga a futebol, eu, sou um fã mais apegado. Mas não havia outra estação que não a dos relatos do Benfica e do Nacional da Madeira, (ainda que com muita intermitência) e até o mais céptico Fonseca, não resistiu ao entusiasmo dos comentadores de rádio e vivemos os dois jogos para tentar afastar o pensamento da bronca do dia.
A "estrela" demorava a ter contornos de luz da vila de Pedrogão, mas lá chegamos. Quando subimos o passadiço para a rua causamos sensação naquela noite escura. Dois tipos, todos cheios de areia, a sair do escuro, com duas grandes bicicletas.

Uma senhora assustou-se e quando perguntamos onde estávamos, ainda "temeu mais pela vida" e respondeu curto e grosso. Disse um "Pedrogão" curto e fugiu como um modo "grosso".
Para sabermos mais e abastecermos o Fonseca parou um jipe da patrulha nocturna da GNR, perguntou indicações e se arranjavam água. Eles prontificaram-se e levaram as nossas garrafas, mas como tinham um café mesmo em frente, foram do passeio ao café da frente pedir água.
Enquanto isso, chegou outra patrulha, que vendo o aparato da coisa e talvez, felizmente, com os poucos casos que há na terra, parou e saíram todos das viaturas e vieram falar connosco.
Foram muito simpáticos, perguntaram-nos donde, como e para que vínhamos e ficaram admirados como natural, embora um mais velho me tenha dado ar mais desconfiado e perguntava coisas como "pela praia de bicicleta??", "mas vieram do mar?", "donde são?"...
O senhor André, dono do Restaurante/Marisqueira Santola, um senhor do Norte, de Chaves, fez questão de vir ter connosco e trouxe um saco cheio garrafas de água, e mostrou-se bastante preocupado com as nossas necessidades e referiu, simpatizando com a nossa aventura, que tinha um filho que fazia também fazia BTT.
Adorei o parque de estacionamento! Aqui na zona do grande porto com o movimento que se vê todos os dias esse parque ia ser apenas uma grande nuvem de pó!
ResponderEliminarEntão?? ouvi dizer k isso tava pa acabar!! Como é?
ResponderEliminarAbraço!!